quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O SUCESSO DE LINDA EM AMOR À VIDA


Amor à Vida foi na minha opinião uma novela de 4 personagens, Félix (Mateus Solano), Waldirene (Tatá Weneck), Aline (Vanessa Giacomo) e Linda (Bruna Linzmeyer), nesta sessão quero falar sobre o trabalho de Bruna Linzmeyer.
Bruna esteve perfeita em absolutamente todas as cenas da personagem e isso com certeza se deve a muito talento, estudo e concentração, trabalhou tão divinamente bem que meu irmão e minha mãe não acreditam que ela não seja autista!
Acredito que a ideia de Walcyr Carrasco era esclarecer a população sobre o autismo, mas como a maioria dos enredos da história, foi mal contado, Linda acabou sendo romanceada e girando em torno de seu romance com Rafael, romance este que conquistou o Brasil inteiro, mas do autismo em si, quem quiser saber pesquise no Google, por que sobre a doença muito pouco se falou, o que vimos, muito bem interpretado por Bruna, foram as sequelas, as consequências d
a doença.
Encontrei no site “Virgula” uma entrevista em que Bruna Linzmeyer fala sobre a personagem:

“Virgula Famosos - Como está sendo a repercussão de sua personagem Linda nas ruas?

Bruna Linzmeyer - Linda. Fico tocada com a força com que se dirigem a mim. É como se precisassem falar. E eu preciso ouvir. Gosto, é importante para o meu trabalho, me dá força. 

Quanto tempo antes de a novela começar você começou a se preparar para a personagem? Como foi essa preparação?

Tive a rara oportunidade de ter tempo. Tive mais de nove meses para me preparar, estudar, conviver um pouco com esse rico universo antes do início das gravações. Visitei instituições, famílias, conversei com profissionais, com autistas e todos foram me ajudando com sua experiência e sentimentos a me ajudar a fazer um “mapa” ou um livro de memória desses meses, incluindo filmes e livros e pessoas que eu deveria ver, ler e conhecer. Pude dormir com isso, sonhar, acordar... E no fim dos meses colocamos tudo em uma sala de ensaio onde o Sérgio Penna, um artista maravilhoso, me ajudou a construir e desconstruir a Linda. Logo depois, uma grande pessoa também veio fazer parte dessa construção, a psicóloga Laura Sarmento. Depois, nas gravações, nossos diretores iam pincelando também suas ideias, transformando e sublinhando nosso trabalho... Esse processo continua até hoje e assim o será até a última cena da nossa Linda.

Você teve contato com muitos autistas nesse período? Continua em contato com as pessoas que conheceu?

Sim. Procuro saber como eles estão, vou visitá-los quando vou à Floripa, onde fiz a pesquisa... Tenho contato com os autistas que me ajudaram aqui no Rio (de Janeiro).

Conhece algum autista, assim como Linda, que começou a ser estimulado a se expressar tardiamente e teve bons resultados?

Conheci algumas "Lindas" pelo caminho...

Como foi a reação do público quando Rafael começou a se envolver com Linda?

De emoção e de amor. A história da Linda é a história da Linda, mas também é uma história de amor, pura, delicada, romântica. E as pessoas torcem por eles.

Em sua opinião, acha que seria possível um caso tão severo quanto o que a Linda apresentava no início da novela acabar melhorando tanto a ponto de ter um relacionamento amoroso? Acha factível?

Claro que sim. Todas as biografias que eu li têm exatamente esse momento em que ninguém acreditava que era possível e foi. É claro também que a relação da Linda em uma novela é romanceada, não estamos vendo o que acontece com ela o tempo todo. Mas uma relação de amor de uma pessoa "autista severa" é uma relação de amor de um ser humano.

Depois de Amor à Vida, você será a próxima mocinha da novela Meu Pedacinho de Chão, mas terá pouco tempo de transição entre Linda e Juliana. Vê algum problema nisso?

Vejo desafios. Mas já conversei com a Linda, pedi permissão para a Juliana entrar. E tenho extrema confiança no Luiz (Fernando Carvalho), nosso diretor. Sei que ele estará ao meu lado em cada passo.

Você consegue se desligar facilmente de suas personagens?

Meu trabalho é minha própria vida. Não há separação. Nunca me desligo de meus personagens, tenho a Russinha Maluca (de Afinal, o Que Querem as Mulheres?, de 2010) aqui comigo até hoje. Mas se você pergunta se eu sofro e vou pra casa sei lá de que maneira? Não. Eu sou uma atriz. É parte da minha profissão saber lidar com as emoções que trago à tona em cena. 

Tem algum personagem que ainda gostaria de interpretar? 

Sim. Para sempre: o próximo! Aquele que eu ainda não fiz, aquele que eu ainda não sei fazer!”



Falou Bruna Linzmeyer, na minha opinião a melhor atriz de 2013.



sábado, 11 de janeiro de 2014

Rush – No Limite da Razão

Hoje resolvi assistir Rush – No Limite da Razão, filme de 2013 é baseado em fatos reais conta a história dos pilotos de Fórmula 1 Niki Lauda e James Hunt durante a disputa do grande prêmio de F1 de 1976 onde Niki era piloto da Ferrari e James piloto da Mclaren.
O filme mostra que a rivalidade entre Niki e James começou quando os dois ainda eram pilotos de F3, Niki era conhecido como “rato”, vive de forma disciplinada, e, meticulosamente planejava cada movimento, como o treino intensivo, noites bem-dormidas e até controle de felicidade. Hunt, um louco e ‘bon vivant’, conhecido pela ousadia nas pistas e na vida. Boêmio assumido, promovia orgias e festas regadas à álcool e drogas. Em seu macacão, exibia um selo com dizeres “Sexo: o café da manhã dos campeões”. Lauda era mestre em ajustar o carro, Hunt em ir até o limite do possível e impossível na pista.
Nunca tinha ouvido falar em Niki Lauda ou James Hunt até assistir o filme, sou de Ayrton Senna pra cá deixei de acompanhar F! depois da morte deste e no dia que tentei voltar a assistir me deparei com Rubens Barrichelo freando o carro na frente da bandeira quadriculada pra deixar Schumacher passar então parei de vez, mas assistindo Runh tive vontade de ser nascida em 1976 só pra acompanhar o campeonato, era disputa de verdade, do tipo que vença o melhor e não essa “trapaça de equipe” que existe hoje, de outro lado dá pra ver o quanto a F1 evoluiu, no filme é dito que todo ano dois pilotos de F1 morre, estatística totalmente fora da realidade atual (amém) e da pra dizer que a F1 era arcaica comparada com a de hoje.
O filme tem uma passagem pelo GP do Brasil e mostra um monte de passistas sambando na pista antes da largada (vergonha alheia) e menciona o fato de que James Hunt conseguiu a vaga na Mclaren depois que o brasileiro Emerson Fitipalde “largou a equipe do nada”.
Me emocionei assistindo as corridas, tem momentos que você é transportado pra dentro do carro, a narrativa final em que Niki conta o que aconteceu na vida de James depois que este venceu o campeonato de 76 é pra lá de emocionante, nesta narrativa final aparece fotos dos verdadeiros Niki Lauda ou James Hunt e deu pra ver o quanto Daniel Bruhl e Chris Hemsworth ficaram incrivelmente parecidos com os verdadeiros pilotos, especialmente Daniel que teve uma interpretação maravilhosa, não sei se foi mas deveria ter sido indicado ao prêmio de melhor ator em uma das muitas premiações da categoria.
Recomendo muito!