Caio Castro, em entrevista a Cláudia Dias do site UOL, falou sobre Antenor, seu personagem que já está dando o que falar em Fina Estampa.
UOL - Seu personagem diz que tem vergonha da mãe e do que ela faz. Como você vê a atitude do Antenor?
Caio Castro - Eu acho que entendo o que ninguém entendeu até agora. As pessoas me perguntam como é fazer um vilão, um mau caráter. É claro que eu não teria as mesmas atitudes dele, mas o entendo perfeitamente. Ele é apaixonadíssimo, tem um amor incondicional pela Patrícia (Adriana Birolli) e ela é uma mulher rica. Além disso, tem uma mãe fresca, cheia de etiqueta. E acha que se a mãe da amada se encontrar com a mãe dele, que não tem etiqueta, tem trejeitos de homem e o trabalho que tem, já começa o problema.
UOL - Você entende ele dizer que tem vergonha da mãe?
Castro - Eu não o julgo. Porque ele tem um lado humano também, principalmente por conta da paixão. E é isso que explica essas atitudes. Tem algumas cenas em que ele se mostra humano. Ele é moleque, por mais que tenha a minha idade, ainda é um menino. Vê as coisas do jeito dele, acha que a mãe não pode ter esse tipo de trabalho. É isso que o deixa ele envergonhado, não o fato de ser pobre.
UOL - Mas, ele diz que quer sair da pobreza...
Castro - Isso não quer dizer que vá fazer coisas ruins por isso. Vamos combinar que ninguém gosta de ser pobre? Todo mundo quer conforto. E ele não está com ela por dinheiro, mas porque a ama de verdade.
UOL - Você acha que por amor vale tudo?
Castro - Acho que sim. Por amor, vale qualquer coisa. Só que antes de eu amar qualquer pessoa, eu me amo. Se tivesse que me lesar, seria por alguém da minha família ou por um filho. Por alguém que não tenho certeza de que vai ser para sempre, não.
UOL - O que você tem dele?
Castro - A ambição de fazer bem feito e de conseguir o que eu quero. Mas, claro que é um pouco diferente. Ele passa por cima de tudo pra conseguir o que quer, eu já sou um pouco mais humano.
UOL - Como é trabalhar com a Adriana Birolli?
Castro - É sensacional. Eu não a conhecia. Quando fiquei sabendo que ela ia ser meu par, fiquei assustado, porque nunca a tinha visto. E se eu deixasse para encontrá-la só no set, seria difícil. Comecei a correr atrás dela como um homem apaixonado. Calhou de fazermos uma campanha juntos. Foi um encontro forçado, mas a gente tinha que se conhecer. Um casal mega apaixonado na trama, sem intimidade pessoal nenhuma, não soaria verdadeiro. Aí ficamos super amigos e, quando começamos a fazer as cenas, foi muito gostoso. Adoro a Birolli, é muito gostoso fazer um personagem com ela.
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