Ontem chegou ao fim a reprise de O Clone, trama de glória Perez que assim como em sua primeira exibição teve a missão de salvar a Globo.
Explico, quando estreou em 2001 a trama teve que lhe dar com o fenômeno Casa dos Artistas no SBT, uma febre no Brasil na época e que rendeu altos índices de audiência para a emissora de Silvio Santos.
Esse ano ao ser escolhida para o Vale Apena Ver De Novo teve a missão de recuperar os índices no Ibope que foram perdidos com a sua fracassada antecessora Sete Pecados.
Nas duas missões a novela foi bem sucedida, acredito que mais pellos conflitos paralelos do que pelos principais, sim, pois na minha singela opinião o romance de Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benicio) deu tantas voltas, que quando finalmente eles FINALMENTE ficaram juntos (no último capítulo) não teve a menor graça, isso sem falar naquele clone, Léo, também interpretado por Murilo Benício, mais parecia um doido varrido.
Pra mim o carro chefe da trama foi a abordagem da cultura do Marrocos e a abordagem da dependência química.
Os costumes marroquinos mostrados através daquelas frases que caíram na boca do povo “as lamparinas do teu juízo estão queimadas”, “você vai arder no mármore do inferno”, “eu quero dançar no seu enterro”, “minha cara será arrastada pela Medina” eram muito divertidas!
Quanto ao drama de Mel (Débora Falabella) e Nando (Thiago Fragoso), o modo como a doença afeta os familiares dos dependentes, tudo narrado por Lobato, ex-dependente químico interpretado pelo sempre brilhante Osmar Prado, foi muito bem abordado.
O último capítulo foi ruim, como todo último capítulo de novela costuma ser, o que salvou foi o depoimento de Mel após um ano sem se drogar, confesso que fui às lágrimas.O último capítulo teve ótima audiência: 23 pontos de média com 55% de participação. Foi a recorde de toda a reprise da novela.
A partir da próxima segunda (12) a globo reprisará mais uma vez mulheres de Areia de Ivani Ribeiro, apesar de a trama ser excelente ainda não entendi a decisão da Globo de voltar a reprisá-la tendo tantas boas novelas no acervo...
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